Ascoltemo la stòria strucando soto:
Sfortunà nel Amor
In quela època quel
vent ga sufià par i confini del orisonte, gavea un contadin quel zera paron de una bela
casa con galine porchi e bovini par arar, el gavea anca una bela cantina con vin, salame e formaio par magnar, solche ghe
manchea na bela tosa par maridar.
Nte
quel altro giorno co`l scapulàrio dela Madonina liga nel col e, co le parole dela so mama che ghe pulsea ntele
fontenele dela testa e, el ga visità i
genitori dele tose, che i lo ga ricevesto co la generosità insuperàbile de quei tempi de
sèmplissità e, dopo de saludarli el ga cavà fora l`é mèio parole par dir del so
propòsito e, con rispeto el ga domandà el
consentimento par smorosar la Francesca, pi giovana e pi bela, parvia quel se gavea impassionà al
primo sguardo, quando che la ga cognossesta.
El pupà dele tose l`era un omo a moda antiga che gavea el rassiossìnio
giusto e fondamentà ntela pratissità e,
de sta manera el ghe ga rispondesto:...’-Si con tanto gusto posso darte el
permesso par smorosar e dopo maridar, però ga da esser co la Paulina parvia che
la ga nassesto prima e la ga el dirito de maridarse vanti.’
Alora el pòvero contadin, tristo come una suca marsa el ga pensa:.. ‘Son
pròpio sfortunà nel amor!’ Dopo el ga ricordà che l`é pròprio giusto quel provèrbio
trentino che dis:..
“L`amor el fà far salti e, la necessità ancora pi alti!” Cossì el ga deciso acetar.
In pochi mesi i se ga maridadi e dopo i ga alsa su na bela fameia de diese
fioi, quei gavea nel nome la particolarità de`n trissìlabo; ‘ino’ dei tosi, che i se ciamea Guerino,Diversino,
Silvino, Balduino e Giovino e, ‘ina’ dele tose; Paulina, Dosolina, Gasparina, Giovanina e Giusepina.
Ademar Lizot.
(tradução) Azarado no Amor
A muito tempo atrás, em uma
época que o vento assoprou para os confins do firmamento, tinha um colono que
possuía uma bela casa, com galinhas, porcos e bois para a terra arar, também tinha cantina com vinhos,
salames e queijos, só lhe faltava uma moça para casar.
Goerino era seu nome, o sobrenome
já esqueci, mas posso garantir que sangue ‘trentino’ corria em suas veias e,
embora fosse vesgo de um olho, aos 35 anos de idade ainda fazia uma bela
figura, com seus cabelos loiros de perfil ‘Garibaldino”, mas ele estava ainda
solteiro, pois sempre que encontrava uma jovem do seu gosto, ela já estava
comprometida e, depois de muitas desilusões ele até parou de procurar um novo
amor, porem isto lhe trazia uma grande aflição na alma, pois viver sem uma
esposa não é uma vida digna de um cristão.
A sua mãe que também estava triste, sem nenhum netinho para ninar, no
dia em que ele completou 36 anos de idade, lhe disse:..-‘Querido filho, me dói
verte assim triste, como se tua alma estivesse no purgatório, por isso te peço,
tenha coragem e vá conversar com o Sr. Zeferino, que ainda tem duas filhas para
casar. A Francisca é a mais nova e mais bela, porém não gosta de trabalhar, é
uma finória, sempre as unhas a pintar. A outra é a Paulina que embora de pouca
beleza, é uma jovem que salta de manhã cedinho para tirar leite das vacas e
depois faz todos os serviços da casa e na lavoura ela tem mais força que muitos
homens. Meu filho seja esperto e acerte-te com ela.’
No outro dia, ainda com as palavras da mãe que pulsavam nas fontes de
sua testa, e com o escapulário de Nossa senhora preso no pescoço, ele foi
visitar os pais das jovens, que o receberam com a generosidade insuperável
daqueles tempos de simplicidade. Depois dos comprimentos, buscou as melhores palavras para expor o seu
proposito e, ao final com respeito pediu a permissão para namorar a Francisca,
mais jovem e mais bela, pois ao conhece-la se apaixonou.
O velho Zeferino era um homem a
moda antiga, que tinha um raciocínio simples e fundamentado na praticidade e,
desta maneira respondeu...’ Foço muito gosto de dar-te a permissão para namorar
e depois casar com minha filha, porem a de ser com a Paulina, pois ela nasceu
antes e tem o direito de casar primeiro.’ Então o pobre pretendente
pensou...’Sou mesmo sem sorte no amor.’ Mas depois lembrou de um ditado
‘trentino’ que diz...’O amor nos faz
pular, mas a necessidade mais ainda.’ Assim resolveu aceitar.
Depois em poucos meses casaram e construíram uma bela família de 10
filhos, que tinham no nome a particularidade de um trissílabo, ‘ino’ dos meninos
que se chamavam Guerino, Diversino, Balduino, Silvino e Jesuino. ‘ina’ das
meninas que se chamavam.. Paulina, Dosolina, Gasparina, Jiovanina e Jiusepina.