Una
Stòria del Ovest del Parana - Ademar Lizot
I primi giorni ntel novo paesel i ga passà sensa gnanca una contrarietà,
ma dopo de due passà mesi la compagnia che s`incarichea de vender tere, la ga
rivendicà la pose dela proprietà, però quela rivendicassion no la ze mia stada
aceta par la giustìssia e, de sta manera
el zio ga confermà el suo domínio. Tutavia
quei i zera tempi che ntel ovest del
Parana squasi nissun gavea compromesso co l`lege e quando i pensea che se
gaveva fini la barufa i ga ricevesto un cativo ultimato:..Una stimana par
moverse via, liberar la proprietà o morir.
Alora el zio un contadin de pace e laoro, el ga andato in serca de
aiuto, però el delegado no`l podea far
gnente. De sta manera ga deciso difenderse
e, par tanto el se ga parecià, prima el ga serca rifùgio par la sposa e fiole ntela casa de
amissi e dopo insieme dei due fioi, un de 18 ani de eta e altro de 22, i ga
taià una piantona de angico e parecià in torno dela casa due trinsiere. Arme,
fora el revolver 38 co`l mànego
de marfin, i gavea solche una s-ciopa de due cani calibre dodese
e altra calibre vinte e oto.
Quando se ga fini el praso dela stimana, un sabo vanti el s-curir, nte`un Jeep co la capota de lona, ga capità i
zagunsii e, el zio e so due fioi i zera sconti dadrio dele trinsiere. Fora el sofero, gaveva altri tre, i ga riva, disbarca e sguarda la casa tuta serada sù e, insieme del cagnet che sbaiea cativo, gavea in giro galine
e due o tre porchi, cossì i ga sospetà
che gavea gente rento dela casa e, co so
pistole automàtiche “parabélum”, i ga copà el cagnet e, quelaltre bestiolete e, nte una granda sucession
de spari, i ga sbusà su tute l`é
finestre e parede dela casa.
Nò l`é mia fàssile descriver el
senàrio de na lota de vita o morte, co`l s-ciocar de tiri, gridi de spavento e, el gèmito lamentoso dei
feri, dopo la spusa dela polver e el cativo odor de
sàngue e, fursi quei che i ze drio leder
nò i ga mia idea dela rovina che una s-ciopetada calibre dodese fà ntela pel
d`un cristian, però nte una barufa cossì granda, l`é fondamental mantegner el
sangue fredo e, cossì i ga fato, con tranquilità i ga spetà fenirse fora quela longa susession de spari, alora nte quel
s-ciantin la s-ciopa de due cani, con so calibre de morte, ga scominsia el suo
laoro fùnebre e, nte la prima s-ciopetada la ga strassinà due zagunsii, quei altri i ga serca rifùgio nte
altra banda dadrio del Jeep, andove par so desgràssia gavea la
s-ciopa 28 e el revolver co`l mànego de marfin, e nantro bandido el ga abrassà
la morte e, quelaltro se anca feri, el ga sparà in diression al bosco e assà un
rasto de sàngue e, fursi vanti de morir
el ga capi che la casa de un omo la ze benedeta come el sacro altar de una
ciesa, bisogna rispetarla.
Nte quel altro giorno ga rivà el delegado par portar via el Jeep e i
zagunsii morti. Nissun ga ciapà prision, parvia che l`é stà una lota in legìtima
difesa. Dopo de quel tristo sucedimento ga rivà la pace e prosperità nte quel
paesel del Ovest del Parana.
Ademar lizot.
Uma História do Oeste do Paraná
Esta história em realidade
aconteceu, foi no oeste do estado do Paraná, quando chegaram os colonos gaúchos
de origem Italiana. O irmão de minha mãe foi um destes bravos. No início dos
anos 50 vendeu sua propriedade no interior da cidade de Encantado RS e, comprou
terras com pinhais no interior da atual cidade de Toledo PR. O transporte da
mudança foi realizado por seu irmão Faustino, com um caminhão Ford modelo 47.
Partiram num domingo e depois de 4 dias chegaram, foi uma jornada longa a
procura de uma nova esperança.
Ao primeiros dias no novo lugar passaram sem contrariedades, porém não
haviam passados 2 meses quando uma companhia imobiliária de terras reclamou a
posse da propriedade. A reivindicação
não foi aceita pela justiça e, o tio confirmou o domínio da terra, mas naquele
tempo no oeste do Paraná poucos seguiam a lei e não passou um mês para começar
a intimidação seguida de um ultimato: Prazo de uma semana para liberar a
propriedade ou morrer.
Então o tio, colono de paz e trabalho, foi em busca de proteção junto
das autoridades, porem o delegado nada podia fazer, sendo assim decidiu defender-se,
primeiro buscou abrigo para a esposa e filhas na casa de amigos, depois com
seus dois filhos, um de 18 anos de idade outro de 22, derrubaram um angico e
prepararam duas trincheiras. Armas, além do revolver 38 com cabo de marfim,
tinham uma espingarda calibre 12 e uma 28.
Aquela dias transcorreram entre medos e incertezas com a eminencia de um
ataque, por isso sempre tinha um de sentinela, então como os jagunços haviam
prometido, ao findar aquela semana eles vieram e, o tio com seus dois filhos os
esperavam nas trincheiras. Foi num sábado ao anoitecer, chegaram num Jeep com
capota de lona e além do motorista tinha outros três. Desembarcaram em frente a
casa que estava toda fechada e, no pátio junto do cachorro que latia furioso,
havia várias galinhas e dois ou três porcos. Então suspeitaram que haviam gente
dentro da casa e com suas pistolas automáticas “Parabelum”, mataram o cachorro
e demais animais e, em uma grande sucessão de tiros esburacaram janelas e
paredes.
Não é fácil descrever o cenário de uma luta de vida o morte, com seus gritos
de desacato, gemidos de dor junto dos estampidos dos disparos, depois a fumaça e o
cheiro forte da pólvora, misturada com o odor nauseante de sangue e terra e
talvez quem ouça não faça ideia do estrago que um balaço calibre 12 deixa no
corpo de um homem, mas posso dizer que em uma encrenca assim, fundamental é
manter a calma e, eles com sangue frio esperaram cessar aquela longa sucessão
de disparos, então a espingarda de dois canos, com seu calibre de morte iniciou
seu trabalho fúnebre e, no primeiro disparo derrubou dois jagunços feridos de
morte. Os outros procuraram abrigar-se atrás do Jeep, porem para sua desgraça
la estava o revolver com cabo de marfim e o chumbo da 28, assim mais um abraçou
a morte, o outro embora ferido disparou em direção ao mato, deixando uma trilha
de sangue e, talvez antes de morrer compreendeu que a casa de um homem honrado é
sagrada como o altar de sua igreja, precisa respeitar.
No outro dia chegou o delegado para buscar o Jeep e os defuntos, não
houve prisão, pois foi confirmada a legitima defesa. Despois deste triste
acontecimento houve paz e prosperidade no oeste do Paraná.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gostou?Comente aqui e se possível inscreva-se.