L´è stòrie dei noni, ze l´è più bele del mondo! La so narassion l´è un momento de felissità, un s-ciantin de parole de dolcessa e amabilità, quei conta na s-cianta de tuto. Ze l´è più bele del mondo, parvia de la simplissità e soavità compagno de la fragansa dei fiori de naransa e sempre co un mensàgio de fondamento, de bontà e verità.
Ricordo che quando zera picoleto, el Signor me ga ringrassià con momenti de felissità scoltando l´è storiete dei noni. Sempre ricordo che davanti de le careghe del compartimento de le visite de la nostra casa, gavea nantre careghe e no una television, cosi davanti de noantri sentea el nono e la nona par far la narassion de le storiete. Ghe sicuro che pochi toseti di de ncoi i ga questa felissità.
Tante volte el nono riveva casa meso stufo e orfando, alora el senteva in so carega predileta e vanti quel snetesse i piè e de dir qualunque altra parola, de sòlito se domandea che el contesse na storieta. Se diseva:...”nono me piaseria tanto sentir una storieta de streghe o del sanguanel.” Alora el nono cavea el capel co la ala scaversada in su e dopo el diseva...
- Bisogna che sìpie che ze na bruta roba la veciàia e sempre vanti note fa mal le gambe, parvia che la caminada la stanca í piè vècii e anca í òcii pieni de làcrime parvia del sol caldo. cosi par dirghe na bela storieta bisogno un bicier de vin par s-ciarirme í sarvei e menar inspirassion nel cuor. Alora andea a tute gambe in cantina torghe una botìlia del so vin predileto, del vin quel fea co so ua, so man e so sapiensa. Dopo de la prima sboconada de quel vin bonìssimo, el fea òcii colmi de aqua de una persona co lànima in pace e le parole vignea lìmpide e giuste con storiete de fondamento, bontà e verità.
Quando scomìnsiava a contar la stòria, se stea atenti, su co l´è rece. Sempre quel contea na storieta de streghe el disea...
Quando scomìnsiava a contar la stòria, se stea atenti, su co l´è rece. Sempre quel contea na storieta de streghe el disea...
-In streghe no credo mia, magari ntel vendre de sera de luna piena se pol vederle co so scoa nel cielo. Del “sanguanel” disea che el zera un ciuciassangue che piase far la dressa ne le crene dei cavai, però no bisogna mia spaurarse parché l´è un picoleto matussel. Me piasea pròpio quando el contea dei ani quel zera picoleto in Itàlia e anca de le batàlie del bravo Giuseppe Garibaldi e so sposa Anita nte la guera dei “Farapi” e de la guera par la Unificassion de la Itàlia.
De la nona go scoltà l´è storiete de la arca de Noé, che ga salvà noantri e anca l´è bestiolete dal dilùvio. De la Santa Genoveva che ga perso í òcii, magari co so fede in Dio la vedea tuto. La stòria de Giuseppe, vendesto par í so fradei, nel Egito e dopo la piu bela stòria de tuti tempi, la stòria del bambin Gesù, de la Madona e de San Giuseppe.
Così sempre digo che l´è stòrie che i noni conta, ze l´è piu bele del mondo, parché in quel momento i parla l´è parole che vien del cuor, piene de dolcessa e amabilità, con insegnamenti de bontà, de credensa in Dio e speransa.
Ademar Lizot.
Português
As histórias que os nonos contam, são as mais belas do mundo e aquele momento é pleno de felicidade, é um instante de palavras de doçura e amor, que eles contam um pouco de tudo. As histórias que os nonos contam são as mais belas do mundo porque são simples e suaves como o perfume das flores da laranjeira e sempre com uma mensagem de fundamento, de bondade e verdade.
Lembro que quando era pequeno, fui abençoado com momentos de felicidade, quando escutava as histórias dos nonos, sempre recordo que naquele tempo, na sala de nossa casa, em frente ao sofá, tinha outro sofá e não uma televisão, assim quando sentava no sofá a frente sentavam os nonos para contar suas histórias, poucas crianças hoje em dia tem essa felicidade.
Muitas vezes o nono chegava em casa cansado e ofegante, então sentava em sua cadeira preferida e antes que lavasse seus pés ou até mesmo falasse, pedíamos de supetão, que contasse uma história. Dizia:.. Nono, gostaria muito de ouvir uma história de “bruxas” ou do “sanguanel”. Então o nono tirava seu chapéu de aba batida pra traz e dizia:..” Querro que saibam que a velhice é difícil e sempre ao anoitecer, tenho dor nas pernas, porque a caminhada cansa meus pés e o sol quente faz verter água de meus olhos. Assim se querem uma bela história, só depois de eu beber um copo de vinho, para clarear-me as idéias e trazer inspiração no meu coração. Em seguida sempre alguém corria ate a cantina buscar uma garrafa de seu vinho predileto, vinho que ele mesmo produzia, com sua uva, suas mãos e sua ciência. Depois do primeiro gole daquele vinho espetacular, seus olhos ficavam calmos, a alma em paz e as palavras vinham límpidas e justas, contando histórias de fundamento, bondade em que a verdade sempre prevalecera.
Quando os nonos contavam suas histórias, ficávamos atentos e quietos. Quando contava uma história de bruxas, sempre dizia antes:...-“Em bruxas não acredito, mas na sexta-feira de lua cheia elas podem aparecer voando em suas vassouras no céu. Do “Sanguanel” o nono dizia que era um “ sanguessuga” que gosta de trançar as crinas dos cavalos, porem não metem medo em ninguém, pois não passam de um anão engraçado. Eu gostava mesmo era quando o nono contava de seu tempo na Itália e quando contava das lutas do valente Giuseppe Garibaldi e sua esposa Anita, na guerra dos Farrapos e guerras de unificação da Itália.
De nossa avó escutávamos histórias da arca de Noé, que salvou do dilúvio os animais e a nos também. Ela contava da Santa Genoveva que perdeu os olhos, mas por sua fé em Deus, continuou enxergando. Depois sempre contava a história do menino Jesus, de Maria e José, esta a historia mais linda do mundo.
Por isso sempre digo que as histórias que os nonos contam são as mais belas do mundo, é um momento pleno de felicidade em que as palavras contem doçura e amor, com ensinamentos de bondade, fé em Deus e esperança.
De la nona go scoltà l´è storiete de la arca de Noé, che ga salvà noantri e anca l´è bestiolete dal dilùvio. De la Santa Genoveva che ga perso í òcii, magari co so fede in Dio la vedea tuto. La stòria de Giuseppe, vendesto par í so fradei, nel Egito e dopo la piu bela stòria de tuti tempi, la stòria del bambin Gesù, de la Madona e de San Giuseppe.
Così sempre digo che l´è stòrie che i noni conta, ze l´è piu bele del mondo, parché in quel momento i parla l´è parole che vien del cuor, piene de dolcessa e amabilità, con insegnamenti de bontà, de credensa in Dio e speransa.
Ademar Lizot.
Português
As histórias que os nonos contam, são as mais belas do mundo e aquele momento é pleno de felicidade, é um instante de palavras de doçura e amor, que eles contam um pouco de tudo. As histórias que os nonos contam são as mais belas do mundo porque são simples e suaves como o perfume das flores da laranjeira e sempre com uma mensagem de fundamento, de bondade e verdade.
Lembro que quando era pequeno, fui abençoado com momentos de felicidade, quando escutava as histórias dos nonos, sempre recordo que naquele tempo, na sala de nossa casa, em frente ao sofá, tinha outro sofá e não uma televisão, assim quando sentava no sofá a frente sentavam os nonos para contar suas histórias, poucas crianças hoje em dia tem essa felicidade.
Muitas vezes o nono chegava em casa cansado e ofegante, então sentava em sua cadeira preferida e antes que lavasse seus pés ou até mesmo falasse, pedíamos de supetão, que contasse uma história. Dizia:.. Nono, gostaria muito de ouvir uma história de “bruxas” ou do “sanguanel”. Então o nono tirava seu chapéu de aba batida pra traz e dizia:..” Querro que saibam que a velhice é difícil e sempre ao anoitecer, tenho dor nas pernas, porque a caminhada cansa meus pés e o sol quente faz verter água de meus olhos. Assim se querem uma bela história, só depois de eu beber um copo de vinho, para clarear-me as idéias e trazer inspiração no meu coração. Em seguida sempre alguém corria ate a cantina buscar uma garrafa de seu vinho predileto, vinho que ele mesmo produzia, com sua uva, suas mãos e sua ciência. Depois do primeiro gole daquele vinho espetacular, seus olhos ficavam calmos, a alma em paz e as palavras vinham límpidas e justas, contando histórias de fundamento, bondade em que a verdade sempre prevalecera.
Quando os nonos contavam suas histórias, ficávamos atentos e quietos. Quando contava uma história de bruxas, sempre dizia antes:...-“Em bruxas não acredito, mas na sexta-feira de lua cheia elas podem aparecer voando em suas vassouras no céu. Do “Sanguanel” o nono dizia que era um “ sanguessuga” que gosta de trançar as crinas dos cavalos, porem não metem medo em ninguém, pois não passam de um anão engraçado. Eu gostava mesmo era quando o nono contava de seu tempo na Itália e quando contava das lutas do valente Giuseppe Garibaldi e sua esposa Anita, na guerra dos Farrapos e guerras de unificação da Itália.
De nossa avó escutávamos histórias da arca de Noé, que salvou do dilúvio os animais e a nos também. Ela contava da Santa Genoveva que perdeu os olhos, mas por sua fé em Deus, continuou enxergando. Depois sempre contava a história do menino Jesus, de Maria e José, esta a historia mais linda do mundo.
Por isso sempre digo que as histórias que os nonos contam são as mais belas do mundo, é um momento pleno de felicidade em que as palavras contem doçura e amor, com ensinamentos de bondade, fé em Deus e esperança.
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