Eu e meu pai em Talian - Mi e me pupà

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

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Adaptação para o Talian Jaciano Eccher
Interpretação: Jaciano Eccher

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Mi e me pupà


Olha lá o meu pai                               Varda la me pupà
Com as mãos calejadas                     Con le man pien de cali
Perdendo seu resto de vida               Drio perder so resto de vita
No cabo da enxada                           Su’l mànego dea sapa

Eu não queria que fosse assim        Mi non voleva che fusse cossì
Pra mim seria tudo diferente            Par mi saria tuto difarente
Queria ter meu pai na cidade           Voleva me pupà in cità
Morando alegre junto da gente         Tanto Felice ensieme co a gente

De que vale ter diploma                    De che serve gaver stùdio
Ter conforto, ter de tudo                   E el diploma la ntel fondo
Se não posso ter em casa                Se non go ntela me casa
Aquele que me pôs no mundo         Chi ga me portà ntel mondo

Estudei por tantos anos                    Go studià par tanti ani
Para tirá-lo daqui                                Par un di torlo de qua
Meu esforço foi em vão                     Ma me sforso se ga perso
Porque ele não quer ir                      Parché lu non vol ndar

Quando é de madrugada                 E co ze rivà l’aurora
E o dia vem chegando                      E el di ze drio rivar
Ele escuta seu despertador              Ze la che’l ghe ascoltà la sveia
No poleiro, cantando                        Nel poliner cantar

Ele chama seu melhor amigo              Lu ghe ciama el so mèio amico
Que sai latindo e correndo na frente   Che el salta sbaiando davanti
E vem pro trabalho pesado                 El va ntel laoro in campagna
Aqui debaixo deste sol ardente           Soto quel sole gran tanto scaldante

Nesse carro eu me vejo                      In questo auto me vardo
Bem vestido e perfumado                   Ben vestì ben profumà
Sofro tanto vendo ele                         Non me piase veder lu
De suor, todo molhado                       De sudor tuto bagnà

Olha a condução do velho                  E la màchina del vècio
Numa corda amarrada                        In una corda ligada
Olha a geladeira dele                          Varda el frigo de sto vècio
Lá na sombra encostada                    Ntel ombria smentegada

Quando é de tardezinha                    Quando el sol se ne va
Vai pra sua casinha                            Me pare torna casa
Comer seu feijão com arroz               Magnar la polenta e radici
Feito no fogão à lenha                       E el vin che zo che vaga

E na sua poltrona de angico            E nela so carega di paia
Ele vai sentar comovido                   Lu el va sentarse un s-ciantin               
E na tela maior do mundo               Ntanto el ghe pensa distante
Ele contempla seu filme preferido   bevendo el ùltimo goto de vin

Na televisão do velho                       La television del vècio
Não tem filmes de bandidos            Non si fa veder banditi
Não tem filmes policiais                   Non ga cose che fa mal
E nem filmes proibidos                    non ga filmi proibiti

No canal do infinito                         Nel canal del infinito
Sua TV é ligada                              La so TV ze impissada
Só aparecem as estrelas               La se varda sol le stele
E a lua prateada                            E la luna slusegada

Olha lá o meu pai                          Varda la me pupà


Letra original em português

Cesar e Paulinho


Olha lá o meu pai
Com as mãos calejadas
Perdendo seu resto de vida
No cabo da enxada

Eu não queria que fosse assim
Pra mim seria tudo diferente
Queria ter meu pai na cidade
Morando alegre junto da gente

De que vale ter diploma
Ter conforto, ter de tudo
Se não posso ter em casa
Aquele que me pôs no mundo

Estudei por tantos anos
Para tirá-lo daqui
Meu esforço foi em vão
Porque ele não quer ir

Quando é de madrugada
E o dia vem chegando
Ele escuta seu despertador
No poleiro, cantando

Ele chama seu melhor amigo
Que sai latindo e correndo na frente
E vem pro trabalho pesado
Aqui debaixo deste sol ardente

Nesse carro eu me vejo
Bem vestido e perfumado
Sofro tanto vendo ele
De suor, todo molhado

Olha a condução do velho
Numa corda amarrada
Olha a geladeira dele
Lá na sombra encostada

Quando é de tardezinha
Vai pra sua casinha
Comer seu feijão com arroz
Feito no fogão à lenha

E na sua poltrona de angico
Ele vai sentar comovido
E na tela maior do mundo
Ele contempla seu filme preferido

Na televisão do velho
Não tem filmes de bandidos
Não tem filmes policiais
E nem filmes proibidos

No canal do infinito
Sua TV é ligada
Só aparecem as estrelas
E a lua prateada

Olha lá o meu pai



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