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LA CASA DEL ZIO
Autor: Ademar
Lizot
Revision: Juvenal
Dal Castel e Loremi Loregian-Penkal
Questo rilato l` è fondament à ntei ricordi de
mio vècio fradel.
L a par i ani 40, squasi scom ì nsio dei 50, ala riva del rio T aquari, ghera la
casa del zio Stefano, parente de la nostra nona Carolina.
De ndove el zera
de star, se podea veder passar le balse, carghe de t ào le de pin, che , par via fluvial, le ndea con destin a
Porto Alegre, capital del S ta d o. Nte quel
tempo, soratuto, dopo dele brentane, quando el rio el zera ancora strapien, questo afar d e ventea prò pio pericoloso.
Par via dela forte corentessa, g hera
sempre el r ì s - cio dela balsa
strassinarse al incontro dei sassi.
E, ze stà prò pio coss ì che ga sucedesto,
quando nte una dom é nega, al dopo mesd ì, par via dela forte
corentessa, una balsa la ze ndat a al incontro dei sassoni e, par conseguensa , ga causà la rotura de
tute le soghe che le lighea la carga e, coss ì,
zo par el rio, i ze cascadi i due balseri e se ga
sparpai à dep ì de diese d ù sie de t à o le.
Alora, Stefano e i so quatro fioi,
come se i
gavese d i spreso
par el perì colo, con una barcheta de fondo piano, i ga serc à de farghe socorso a i due ò meni. Dopo nte un
stufante laoro, i ga cat à
su dep ì de sete d ù sie
de tà o le. I balseri,
dopo de recuperadi, i ze ndati via, sensa dir se qualchedun vignea torle.
Fin che , dopo de passadi
tr e mesi, ga capit à
un camignon, un
Ford modelo 37, squasi drio sderfarse. Dela gabina, sensa a nissuni saludar, ga
salt à zo un indiv ì duo, che, fora la bruta f àcia, ntel sinturon, el porteva el
revolver e, sensa sconder el arogante
vardar, el ga presentà la notificassion dela propriet à dele t à o le.
Vanti che i
carghesse su l e
tà o le, el zio Stefano, che el zera pr òpio un gentilomo, el ga proà dirghe che l` è stà lu e i so fioi, soto r ì s - cio de vita, che
i ga socor esto i balseri e recoliesto le t à o le del rio. Coss ì , i se meritea de
ciapar qualche paga, par sto laoro, o almanco
considerar la v é nd it a dele t à o le. E, partanto,
el ga fato la proposta, che, a un prè s s io giusto, dele 7
dù sie, el
ghe paghea s e i e, quelaltra , la vignea de disconto, par i laori fati.
El indivì duo, fursi par
spaurar, fursi par el so disgusto dimostrar, el
ga lans à un
vardar inve l enà . Per ò , i ò cii de Stefano,
sostegn esti da la so forsa moral, i ze rest ai i mòbile e i ga fato
quelaltro sbass ar i soi e capir che zera meio acetar la so proposta,
anca parché , intorno al zio,
g hera i so 4 fio i , tuti ntela plenitù dela so forsa f ì sica.
E, l` è stà de sta man i era che Stefano
Lanfredi el ga alsa s u la so nova casa e, ben in su, par non ciaparse pi soto
dele brentane del traditor rio Taquari.
A CASA DO
TIO
Este
texto é baseado nas lembran ç as de meu saudoso
irmã o!
Foi l á pelos anos 40,
quase 50, mais ou menos por ali, que, às
margens do rio Taquari, residia Stefano Lanfredi, primo irmão de nossa av ó Carolina.
De sua casa,
podia-se ver as balsas carregadas com tá buas de arauc á ria, que , por via fluvial, seguiam com destino
à capital do Estado, servi ç o que se tornava
perigoso com o rio mais caudaloso, ap ó s as enchentes.
Foi exatamente isso que aconteceu, quando, num
domingo à tarde, devido à forte correnteza, uma balsa espatifou-se contra as
pedras, jogando a carga e dois balseiros nas á guas.
Ao presenciarem
o acidente, o velho Stefano e seus quatro filhos homens, como, se desprezassem
o perigo, sob risco de vida, em uma canoa de fundo chato, socorreram os dois
balseiros. Depois, com calma e perí cia, pelas beiras do rio espalhadas, recolheram mais de
sete d ú zias t á buas, as quais empilharam ao lado de sua velha casa.
Os balseiros não
souberam dizer se algu é m
viria buscá -las e, depois de
recuperados, foram-se embora.
Assim, passou-se
para mais de tr ê s meses, at é que , num s á bado ao clarear o
dia, chegou um caminhãozinho Ford, modelo 37. Da cabine, sem a ningu é m saudar, saltou
um sujeito, que al é m da cara feia, trazia
revolver na cintura e, sem esconder o arrogante olhar, apresentou aos
presentes a notificação de propriedade das t á buas.
Stefano, que era
um homem gentil, antes que os peões carregassem as t á buas, tentou
dizer-lhe, ter sido ele e filhos, que
sob o risco de vida, salvaram os dois balseiros e, depois, num arriscado
trabalho, recolheram e empilharam as t á buas, assim
sendo, mereciam alguma paga pelo servi ç o, ou ao menos
que aceitasse de vender-lhe as t á buas. Para isso
fez-lhe a proposta de que das 7 d ú zias, a um pre ç o justo, pagaria 6 e, a outra, pelo trabalho feito,
ficaria de desconto.
O sujeito então,
para intimidar, com a mão no cabo do rev ó lver, lan ç ou um envenenado
olhar. Por é m, os olhos de Stefano permaneceram imóveis, que, sustentados pela sua for ç a moral, fizeram
o outro baixar os seus e, aceitar a proposta, at é porque, em volta
daquele homem de meia idade, havia seus 4 filhos, todos na plenitude de sua for ça fí sica.
Foi assim que o
tio construiu sua nova casa e, acima,
bem acima, para escapar das enchentes do trai ç oeiro rio
Taquari.
Muito boa a história, mas a transcrição do texto não segue realmente o que tem no áudio, me perdi várias vezes. Sei que deve ser ocupado, mas se fizer o acompanhamento do áudio e texto até o fim, deve perceber o mesmo que eu. No mais, parabéns pela iniciativa.
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